Processo é essencial durante toda a existência de uma corporação

Entender a posição de mercado que a sua empresa ocupa é extremamente importante para rascunhar os caminhos que serão trilhados ao longo dos anos. Porém, para que esses passos sejam desenvolvidos de forma fluida, justa e segura, é preciso utilizar a técnica de determinação de valores, mais conhecida como valuation. Através dela, é possível:

  • Trabalhar o desenvolvimento financeiro;
  • Calcular a contribuição de investidores;
  • Estipular o valor do seu negócio.

Quer entender mais como isso funciona? Continue no nosso artigo!

O que é valuation?

Como o nome sugere, valuation é uma palavra da língua inglesa que significa “avaliação”. No nosso contexto, em que esse termo se restringe apenas ao meio empresarial, ele serve como ferramenta para estabelecer e desenvolver os pontos citados acima. Ou seja, em outras palavras, calcula os ativos intangíveis.

É comum que diversos profissionais confundam a utilização desses números, acreditando que eles são necessários apenas para processos de divisão de bens ou vendas diretas de uma marca. Porém, eles são muito mais que isso. Além de determinar esses valores, servem para medir impactos de aplicações em curto, médio e longo prazo.

Vale destacar que, apesar de existirem cifras fixas, como o preço de equipamentos, imóveis, entre outros, alguns montantes são voláteis, e variam de acordo com cada análise.

Calma, então essa relatividade não seria negativa?

Imagem de gráficos em papel

Não! Para entender isso, basta interpretar os conceitos de custo, preço e valor.

  • O custo é a quantia de dinheiro investida para fabricar ou adquirir um determinado bem ou serviço.
  • O preço é o que o vendedor recebe após negociar algo.
  • O valor, por sua vez, está relacionado à utilidade que uma empresa, bem ou serviço proporciona a um indivíduo. Logo, essa quantia é subjetiva, uma vez que depende de diversos fatores externos.

Portanto, é importante garantir que essa estratégia não seja desenvolvida de maneira superficial, e sim baseada em diversas análises, preferencialmente realizadas por companhias especializadas.

Por fim, além das vantagens que destacamos no início do texto, a utilização dessa técnica também apresenta outros benefícios. Entre eles, estão a compreensão de pontos fortes e fracos de uma empresa e a percepção mais clara de potenciais investimentos.

Informações preliminares

Antes de produzir qualquer material, é necessário compreender se a marca analisada tem a capacidade de gerar fluxo de caixa livre no futuro ou FCL. Essa sigla representa o saldo disponível nos cofres de uma companhia após os pagamentos de despesas cotidianas. Normalmente, esse dinheiro é utilizado para quitar dívidas ou é direcionado a dividendos de acionistas.

O FCL é a soma de outros dois dados, o fluxo de caixa operacional (FCO) e o fluxo de caixa de investimentos (FCI). O FCO se refere às operações de empresa menos os gastos de prestação de serviços. O FCI, por sua vez, é constituído por aplicações realizadas no imobilizado ou intangível de um negócio.

Ou seja, basta trabalhar sob a fórmula:

FCL = FCO + FCI.

Como calcular?

É possível identificar esses números através de três passos principais, que são:

  • Estipular o fluxo de caixa descontado

Do inglês discounted cash flow (DCF), esse método é o maior foco de estudos da área de finanças e, consequentemente, é um dos mais populares no meio. Basicamente, esse ponto relaciona duas vertentes principais. A primeira, o valor de um ativo determinado. A segunda, o valor presente no fluxo de caixa que será gerado por esse ativo no futuro.

  • Estabelecer uma avaliação relativa

Para esse ponto, o analista utiliza uma variável em comum entre dois ativos comparáveis para estabelecer o valor de um terceiro. Esse inconstante pode ser o fluxo de caixas, as vendas ou qualquer outra categoria desse tipo.

  • Avaliar através de direitos contingentes

Também conhecida como avaliação por opções reais, esse modelo foca em atrair retorno através de circunstâncias específicas. Nesse caso, uma opção tem seu valuation determinado através do valor corrente, do preço de exercício ou de sua taxa de juros livre de risco.

Se traduzirmos para a linguagem matemática, teremos as seguintes fórmulas:

Va = FCN + FC (1 + G) (-) Inv

(1+i)¹ (1+i)² (1+i)³ (1+i)n (i – g)

Nelas, temos:

Va = Valuation

FC = Fluxos de caixa

FCN = Fluxos de caixa relativos aos períodos projetados

i = taxa de desconto ou custo do capital

n = número de períodos

g = taxa de crescimento

Inv = investimento inicial na data zero

Como aplicar o valuation?

Aswath Damodaran, professor de finanças na Universidade de Nova York, apresentou em seu livro Avaliação de Empresas (editora Pearson Universidades) a utilidade do valuation em diversas áreas de um empreendimento. Para sermos objetivos, não vamos nos aprofundar tanto quanto o autor em cada um dos pontos, mas, caso você tenha interesse, é possível adquirir a obra pelo site da Amazon clicando aqui.

  • Causas legais

A entrada ou saída de um sócio é um momento clássico em que esse cálculo é necessário. Além de promover uma divisão mais pacífica, essa técnica contribui com um processo justo para ambas as partes envolvidas.

  • Finanças corporativas

O valuation está diretamente relacionado ao ciclo de vida de uma empresa. Dessa forma, startups precisam entender com clareza o valor de seu negócio para, assim, conquistar investidores de capital de risco. Por outro lado, marcas maiores podem utilizar a técnica no momento de abrir seu capital.

  • Fins tributários

Depende muito da área da atuação da corporação. Em todo caso, as cifras são direcionadas a impostos, auxiliando com questões estatais ou qualquer outra característica nesse sentido.

Compreendendo todas as características listadas no nosso artigo é possível fortalecer sua marca com muita eficiência, independente se ela está estabelecida no mercado ou dando os primeiros passos rumo ao sucesso.